segunda-feira, 11 de julho de 2011

Universalidade e apropriação cultural: Oswald e sua antropofagia revistos em Paraty

Antonio Gonçalves Filho - O Estado de S.Paulo
ENVIADO ESPECIAL / PARATY
Wilton Junior/AE
Wilton Junior/AE
Oswald na ordem do dia. Debates e deglutição
O primeiro a falar sobre Oswald de Andrade, homenageado da 9.ª Flip, foi seu amigo Antonio Candido, professor emérito da USP, que fez a palestra inaugural ao lado do ex-aluno, crítico e compositor José Miguel Wisnik. Candido não conheceu o autor do Manifesto Antropófago no auge da carreira, ou seja, nos anos 1920, quando Oswald e Mario de Andrade conceberam a Semana de Arte Moderna de 1922. Ambos, Oswald e Candido, se encontrariam apenas nos anos 1940. Candido escreveu um artigo severo sobre ele. Oswald retrucou. O crítico não respondeu. Em 1945, uma resenha positiva sua de um livro do modernista serviu para reconciliar os dois. "Sua agressividade tinha certa candura, ele não guardava rancor", lembrou o professor.

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