terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nova Plataforma de Interatividade de Valeria Tiusso



PLATAFORMA DE INTERATIVIDADE PERMANENTE SOBRE O DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO

       Olá colegas, tenho recebido inúmeros pedidos de profissionais que realizaram nossa oficina de diagnóstico psicopedagógico, para que ao final das oficinas,   possam continuar interagindo na troca de experiências,sugestões, materiais e esclarecimentos de dúvidas.
       Por este motivo planejamos uma plataforma só para quem já realizou a oficina, onde terão acesso ás novidades da área em psicopedagogia, informações sobre  concursos em diversas cidades, palestras,congressos,artigos, sites, novidades de materiais e livros no Brasil  todo. Poderão trocar materiais e informações dentro do tema do diagnóstico psicopedagógico, e mais tudo que for postado de novidades na plataforma da oficina do diagnostico psicopedagogico   será transferido para a plataforma de Interatividade, assim todos ficam atualizados cada vez que surgirem  novos métodos de atendimento e diagnóstico, como por exemplo no novo método que estamos desenvolvendo nas provas operatórias e quem estiver na plataforma serão os primeiros a saber
A metodologia será a mesma da oficina, tudo que é postado na plataforma vai automaticamente para todo os e-mails cadastrados e terão a minha supervisão.
       Recebemos muitos pedidos de Pais sobre informações á respeito de profissionais da área da Psicopedagogia, para atendimento de seus filhos, por isto todos que estiverem fazendo parte da plataforma poderão divulgar no site  na página de indicações de Profissionais o seu endereço de atendimento, proporcionando um aumento de clientela.
       Temos um custo para manter a plataforma, e vamos cobrar apenas uma taxa de manutenção no valor de R$ 10,00 mensais por cadastrados.
 Você poderá escolher o dia de pagamento e o tempo que vai ficar na plataforma é você quem decide.
      
Obs. somente aos profissionais que realizaram a oficina de apoio ao diagnóstico psicopedagógico!!!

Para cadastrar-se basta que me retorne este e-mail  dizendo o dia que prefere pagar a mensalidade, a qual será por depósito no Banco do Brasil, Santander, Itaú, loterica ou caixa Economica Federal.

Abraços,

                                       Valeria Tiusso SegreFerreira
   
                      Pedagoga/Psicopedagoga clinica e institucional
                         Mantenedora do site www.psicopedagogavaleria.com.br


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A saga Crepúsculo: Eclipse, concorre ao Framboesa de Ouro



Na 31a. edição do prêmio dos piores do ano realizado pela Golden Raspberry Award Foundation, a adaptação do bestseller de Sthephanie Meyer recebeu nove indicações.

Conheça os indicados:
  
Pior filme

Caçador de Recompensas
O Último Mestre do Ar
Sex and the City 2
A Saga Crepúsculo: Eclipse
Os Vampiros que se Mordam

Pior ator

Jack Black - As Viagens de Gulliver
Gerard Butler - Caçador de Recompensas
Ashton Kutcher - Par Perfeito e Idas e Vindas do Amor
Taylor Lautner - A Saga Crepúsculo: Eclipse e Idas e Vindas do Amor
Robert Pattinson - A Saga Crepúsculo: Eclipse e Lembranças

Pior atriz

Jennifer Aniston - Caçador de Recompensas e Coincidências do Amor
Miley Cyrus - A Última Música
As quatro amigas - Sex and the City 2
Megan Fox - Jonah Hex
Kristen Stewart - A Saga Crepúsculo: Eclipse

Pior ator coadjuvante

Billy Ray Cyrus - Missão Quase Impossível
George Lopez - Marmaduke, Missão Quase Impossível e Idas e Vindas do Amor
Dev Patel - O Último Mestre do Ar
Jackson Rathbone - O Último Mestre do Ar e A Saga Crepúsculo: Eclipse
Rob Schneider - Gente Grande

Pior atriz coadjuvante

Jessica Alba - The Killer Inside Me, Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família, Machete e Idas e Vindas do Amor
Cher - Burlesque
Liza Minnelli - Sex and the City 2
Nicola Peltz - O Último Mestre do Ar
Barbra Streisand - Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família

Pior diretor

Jason Friedberg e Aaron Seltzer - Os Vampiros que se Mordam
Michael Patrick King - Sex and the City 2
M. Night Shyamalan - O Último Mestre do Ar
David Slade - A Saga Crepúsculo: Eclipse
Sylvester Stallone - Os Mercenários

Pior roteiro

O Último Mestre do Ar
Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família
Sex and the City 2
A Saga Crepúsculo: Eclipse
Os Vampiros que se Mordam

Pior casal ou elenco

Jennifer Aniston e Gerard Butler - Caçador de Recompensas
A cara de Josh Brolin e o sotaque de Megan Fox - Jonah Hex
O elenco de O Último Mestre do Ar
O elenco de Sex and the City 2
O elenco de A Saga Crepúsculo: Eclipse

Pior prelúdio, remake, continuação ou plágio descarado

Fúria de Titãs
Sex and the City 2
O Último Mestre do Ar
A Saga Crepúsculo: Eclipse
Os Vampiros que se Mordam

Pior 3-D de Arrancar os Olhos

Fúria de Titãs
O Último Mestre do Ar
Como Cães e Gatos 2
Jogos Mortais - O Final
Nutcracker 3-D

A cerimônia de entrega dos Razzies acontece em 26 de fevereiro, um dia antes do Oscar.


Conheça a nova equipe do Ministério da Cultura

Fonte: PublishNews - 24/01/2011 - Redação

O jornalista e escritor Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura, é o mais novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Seu nome foi confirmado na tarde da sexta-feira (21) pela ministra da Cultura Ana de Hollanda. Galeno, que foi candidato a deputado estadual pelo PT nas últimas eleições, já foi secretário de Cultura de Ribeirão Preto, presidiu o Comitê Executivo do Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe e participou da criação do Plano Nacional do Livro e Leitura.

No anúncio de sua equipe, Ana de Hollanda comentou também sobre duas mudanças estruturais no ministério. Uma delas é a criação de uma Secretaria da Economia Criativa e a outra é a unificação das atuais Secretaria de Cidadania Cultural e Secretaria da Identidade e Diversidade na nova Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural.


Equipe de Ana de Hollanda no Ministério da Cultura

Secretário-executivo: Vitor Ortiz, secretário da Cultura das cidades gaúchas de Viamão (1997/2000), Porto Alegre (2002/2004) e São Leopoldo (2009/2010). Foi diretor da Funarte e diretor de relações institucionais da Bienal de Artes Visuais do MERCOSUL e gerente da Gerência Regional da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro.


Secretário de Articulação Institucional: Roberto Peixe, designer, arquiteto e gestor cultural, foi secretário de Cultura de Recife de 2001 a 2008. Antes, havia sido Secretário do Patrimônio Cultural e Turismo da cidade de Olinda, em 1995. A partir de 2009, assumiu o cargo de Coordenador Geral de Relações Federativas e Sociedade da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, e passou a coordenar a elaboração e implantação do Sistema Nacional de Cultura (SNC).


Secretária do Audiovisual: Ana Paula Santana, advogada, especialista em relações internacionais e gestão do entretenimento. Entrou na SAV em 2002 como estagiária. Depois, foi para a coordenação internacional da SAV e para a área de fomento a programas e projetos audiovisuais. Foi chefe de gabinete e, depois, Diretora de Programas e Projetos Audiovisuais, cargo que ocupava até agora.


Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural: Marta Porto, mestre em Ciências da Informação pela UFMG, especialista em políticas de comunicação, cultura e investimento social privado. Consultora de entidades e organizações multilaterais como a UNICEF. Foi Diretora de Planejamento e Coordenação Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte (1994/96) e Coordenadora Regional do Escritório da UNESCO do Rio de Janeiro (1999/ 2003).


Secretária da Economia Criativa: Cláudia Leitão, Doutora em Sociologia pela Université de Paris V, é professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual do Ceará (UECE), onde lidera o Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas e Indústrias Criativas. Foi Secretária da Cultura do Estado do Ceará no período de 2003 a 2006.


Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura: Henilton Menezes, produtor cultural e consultor para elaboração de projetos. Foi gerente da área de cultura do Banco do Nordeste, sendo responsável pela criação e desenvolvimento do Programa BNB de Cultura, edital de patrocínios culturais e pela instalação da rede de centros culturais da estatal. É secretário de Fomento e Incentivo à Cultura desde o início de 2010.


Secretário de Políticas Culturais: Sérgio Mamberti, ator e dramaturgo, foi secretário de Artes Cênicas; de Música; e de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Em 2008, assumiu a presidência da Fundação Nacional das Artes (Funarte).


Diretor-geral da Agência Nacional de Cinema: Manoel Rangel, neste mesmo cargo desde dezembro de 2006, é cineasta, formado pela Universidade de São Paulo (1999). Foi presidente da Comissão Estadual de Cinema da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2001/2002) e assessor especial do ministro Gilberto Gil (2004/2005), quando coordenou o grupo de trabalho sobre regulação e reorganização institucional da atividade cinematográfica e audiovisual no Brasil.


Presidente da Fundação Biblioteca Nacional: Galeno Amorim, jornalista e escritor, foi secretário de Cultura de Ribeirão Preto na gestão do então prefeito Antonio Pallocci. Presidiu o Comitê Executivo do Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe e participou da criação do Plano Nacional do Livro e Leitura. É diretor do Observatório do Livro e da Leitura e consultor internacional de políticas na área.


Presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa: Emir Sader, formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Aposentou-se como professor de sociologia. Passou a ser professor da UERJ, onde trabalha, nos cursos de Políticas Públicas e História. Autor, entre outros, de “A nova toupeira”, e organizador de “Latinoamericana – Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe”, ganhador do Prêmio Jabuti como o melhor de não-ficção do ano.


Presidente da Fundação Cultural Palmares: Eloi Ferreira, ex-ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em 2010. Antes, havia ocupado a secretaria-adjunta da Seppir e coordenado a equipe organizadora da 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.


Presidente da Fundação Nacional das Artes: Antonio Grassi, ator, diretor e produtor, cursou Ciências Sociais na UFMG. Foi secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, além de presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro e presidente da Funarte. Atuou como assessor especial do Governo do Estado de Minas Gerais. Ocupava, até agora, o cargo de gerente executivo regional da TV Brasil no Rio de Janeiro.


Presidente do Instituto Brasileiro de Museus: José do Nascimento Jr, formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DEMU/Iphan). Preside o Ibram desde a criação da autarquia, em janeiro de 2009.


Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Luiz Fernando de Almeida, arquiteto. Lecionou na área durante 16 anos. Atuou em projetos de Desenvolvimento Urbano e de Habitação na Companhia Metropolitana de Habitação, na Empresa Municipal de Urbanização e na Câmara Municipal de São Paulo. É presidente do Iphan desde 2006.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Reabertura da Biblioteca Mário de Andrade



No próximo dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo terá, além de seu aniversário de 457 anos, mais um motivo para celebrar. Nesta data será completamente reaberta a Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94 – São Paulo/SP), segunda maior do país, que passou por modernização e restauro, tendo suas obras iniciadas em setembro de 2007. Ao todo, mais de 327 mil livros da coleção geral, dentre os quais 51 mil considerados raros ou especiais, estarão novamente à disposição para consultas. Além da biblioteca, a Praça Dom José Gaspar, onde ela está localizada, passou por uma revitalização e recebeu novo projeto paisagístico. O Plano Integrado de Modernização e Restauro da Biblioteca Mário de Andrade custou R$ 16,3 milhões. 

fonte: PublishNews - 21/01/2011 - Por Redação

Dica da Editora Ibrasa: Como conquistar um leitor.



Autora: Marilze S. Petroni


Baseado em experiências próprias, em testes com jovens, discussão com professores, pedagogos e psicólogos Marilze S. Petroni desenvolveu um processo para que professores e pais possam identificar as causas do pouco interesse pela leitura na maioria das pessoas. Mostra porque a criança, quando inicia o aprendizado, é entusiasta com os livros e depois perde interesse. Apresenta 10 itens que devem ser desenvolvidos para que a leitura seja bem compreendida e induza a criança a tornar-se uma amiga dos livros. Finalmente enumera 10 itens que devem ser evitados para que a criança não crie obstáculos em seu desenvolvimento como leitora. 144 págs.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mediação lança livro para PROFESSORES INICIANTES



PROFESSORES INICIANTES
o papel da escola em sua formação
Maévi Anabel Nono

Evidencia-se, nesta publicação, a grande importância que as experiências iniciais dos professores em escolas representam para a continuidade de sua carreira docente.

Ressalta a autora a importância da maior atenção dos gestores escolares sobre os professores iniciantes no sentido de acolhê-los, apoiá-los e orientá-los no início da carreira. Neste sentido, Maévi Anabel Nono traz sua rica contribuição como pedagoga estudiosa do assunto e professora atuante em cursos de formação docente no país.


Escrever à mão e ler livros físicos facilita aprendizagem

Pesquisadores da Universidade de Stavanger, na Noruega, descobriram que o ato de escrever a mão fortalece o processo de aprendizagem. Segundo eles digitar textos no teclado e ler livros em telas prejudicam a assimilação do conteúdo.

“O processo de leitura e escrita envolve uma série de sentidos. Ao escrever à mão, nosso cérebro recebe um feedback de nossas ações motoras, juntamente com a sensação de tocar em um lápis e papel. Esse tipo de resposta é significativamente diferente daquele que recebemos quando tocamos e digitamos em um teclado”.


Segundo matéria do Estadão a professora Anne Mangen, do Centro de Leitura e o neurofisiologista Jean-Luc Velay, da Universidade de Marselha, França,  escreveram um artigo publicado no periódico Advances in Haptics. Onde examinaram uma pesquisa que confirma a importância dessas diferenças.

Um experimento realizado pela equipe de Velay estabelece que diferentes partes do cérebro são ativadas quando lemos as letras pela escrita daquelas estimuladas quando reconhecemos as letras por meio da digitação em um teclado. Ao escrever à mão, os movimentos envolvidos deixam uma memória motora na parte sensório-motora do cérebro, o que nos ajuda a identificar as letras. Isso implica uma conexão entre a leitura e a escrita, e sugere que o sistema sensório-motor desempenha um papel no processo de reconhecimento visual durante a leitura, explica Anne.

Outros experimentos indicam que a Área de Broca (parte do cérebro responsável pelo processamento da linguagem, produção da fala e compreensão) é perceptivelmente mais ativada quando lemos um verbo que está ligado a uma atividade física, em comparação com a leitura de um verbo abstrato ou de um verbo que não está associado a nenhuma ação.

"Isso também acontece quando você observa alguém fazendo alguma coisa. Você não precisa fazer nada. A audição ou visão de uma atividade é muitas vezes suficiente. Pode até ser bastante para observar uma ferramenta conhecida e associá-la a uma atividade física", diz a pesquisadora.
"Pelo fato de a escrita à mão demorar mais que digitar em um teclado, o aspecto temporal também pode influenciar no processo de aprendizagem", acrescenta.

Anne cita um experimento que envolveu dois grupos de adultos, no qual os participantes receberam a tarefa de aprender a escrever em um alfabeto desconhecido, composto por cerca de vinte letras. Um dos grupos foi ensinado a escrever à mão, enquanto o outro usava um teclado. Depois de semanas, a lembrança dos voluntários sobre essas letras e a agilidade deles para distinguir as letras normais das invertidas foram testadas.

Aqueles que haviam aprendido as letras pela escrita tiveram melhor proveito em todos os testes. Além disso, exames de ressonância magnética indicaram uma ativação da Área de Broca nesse grupo. Entre aqueles que tinham aprendido pela digitação, houve ativação de poucas partes dessa área ou nenhuma.
"O componente sensório-motor é parte integrante da formação de iniciantes, e em especial de pessoas com dificuldades de aprendizagem. Mas ainda há pouca consciência e compreensão da importância da escrita para esse processo", diz Anne.

"Nossos corpos são projetados para interagir com o mundo que nos rodeia. Somos seres vivos, voltados para o uso de objetos físicos - sejam eles um livro, um teclado ou uma caneta - a fim de executar determinadas tarefas", completa.

Fonte: estadão.com.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Lançamento da Editora Mercado de Letras: Aprendendo com humor

Autora: Helena Maria Gramiscelli Magalhães

Neste livro são analisados os mecanismos linguísticos, discursivos e pragmáticos da construção de alguns textos de humor brasileiro (tiras, piadas, charges etc.) e a relação entre língua, interlocutores e (inter) discursos, levando em conta que tanto a linguagem quanto os sujeitos nela envolvidos se instituem e se definem na interação e que dela sentidos múltiplos emergem. Esses procedimentos, que acabam por revelar as visões que a rede social brasileira tem sobre ética, moral e verdade, são valiosos para se esclarecer a questão do efeito riso dos brasileiros, diante dos textos de humor. 

É objetivo, em síntese, descrever o humor – teorias e mecanismos e critérios de construção – e o humor negro do Brasil – sua origem construção, tipos e temas; classificar seus textos e apresentar uma proposta de utilização de textos de humor como material didático valioso para o ensino da língua portuguesa do Brasil.

Sobre a Autora: Helena Maria Gramiscelli Magalhães é mestre em Inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em Linguística e Português pela PUC-Minas. Professora aposentada da Faculdade de Educação da UFMG, onde lecionou as disciplinas Prática de Ensino de Português e de Línguas Estrangeiras, Didática de Licenciatura e Fundamentos do Ensino de Língua Materna, atualmente leciona no PREPES, pós-graduação da PUC-Minas, nos cursos de inglês e português, as disciplinas Análise do Discurso IV (O discurso do Humor) e Semântica II (O Discurso do Humor Negro Brasileiro), e Semantics and Translation, Morphosyntax e Metodologia da Pesquisa Científica III (Produção de Monografias).

Professora supera próprias deficiências para educar




Quando questionada sobre sua infância, Maria Dolores Fortes poderia citar as constantes idas aos hospitais, o preconceito que sofria ou a longa escada da escola pública que dificultava diariamente seu acesso aos estudos. Porém, a lembrança que mais a marcou quando criança foi outra. Vítima da artrite reumatóide infanto-juvenil, doença que dificulta os movimentos e causa dores nas articulações, foi durante as hospitalizações que a atual pedagoga descobriu sua vocação para lecionar.

Filha de pai metalúrgico, de mãe lavadeira e integrante de uma família de nordestinos imigrantes na grande São Paulo, Maria Dolores começou a sentir fortes dores musculares aos dois anos de idade. Porém, foi somente aos seis anos que o problema foi identificado. A artrite reumatóide infanto-juvenil foi restringindo seus movimentos aos poucos, e por isso ela passou a maior parte da infância internada em hospitais.

"Quando eu ficava hospitalizada, virava professorinha de outras crianças que dividiam a enfermaria comigo. E nos dias que eu conseguia freqüentar a escola, ficava até mais tarde para ajudar outros colegas a fazer suas lições", conta Dolores.

Ela conheceu o preconceito aos nove anos de idade, quando não era aceita em nenhuma escola pública por ser portadora de deficiência física. Quando o direito de estudo lhe foi concedido, a menina se esforçou o dobro para vencer os conteúdos e para subir e descer as escadas do colégio. Com dificuldade de dinheiro, Dolores não possuía cadeira de rodas, e na maioria das vezes precisava subir de joelhos os 30 degraus que a levavam para a sala de aula.

Esforçada e inteligente, com 15 anos ela começou a dar aulas para a filha de uma vizinha. Nesse momento, sua vocação foi comprovada: conseguiu alfabetizar sua primeira aluna que tinha apenas quatro anos de idade na época.

Aos 16 anos, Maria Dolores já trabalhava de 12 a 14 horas por dia ensinando outras crianças como a pequena Adriana, sua primeira estudante. Depois de 5 anos de muito esforço, conseguiu juntar dinheiro para comprar uma cadeira de rodas motorizada. Com a cadeira, a aspirante a professora passou no vestibular e ingressou na faculdade de pedagogia. Já formada, Dolores continuou nos estudos. Fez pós-graduação, mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP. Hoje, é referência em pedagogia e exemplo de superação.

"Uma águia foi criada com as galinhas e vivia sempre a ciscar. Até que um camponês descobre que ela é uma águia e a põe a voar. No início ela relutou, mas depois conseguiu. Minha vida foi assim. Minha família, pela humildade cultural, achava que eu não ia conseguir chegar muito longe devido às minhas limitações físicas. Mas eu consegui", conta a atual escritora de três livros, o primeiro deles uma autobiografia intitulada "O voo da águia".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4898190-EI8266,00-Professora+supera+proprias+deficiencias+para+educar.html

Biblioteca na praia: por que não?

Instituição pública de Torres tem acervo de 20 mil obras.

Muita gente aproveita as férias para colocar em dia a leitura. O livro pode ser um bom aliado na praia, principalmente em dias de chuva.

Em Torres, a Biblioteca Pública Municipal tem um acervo de 20 mil obras, entre livros e revistas, e oferece um amplo espaço para leitura. A instituição possui obras didáticas, técnicas, de referências e de literatura. Epecialmente para o público infantil e juvenil existem cerca de três mil. As obras mais procuradas, de acordo com a Secretaria de Educação do município, são os clássicos literários.

A telefonista e estudante Andresa Homem Bedinot, 34 anos, frequenta a biblioteca desde os 11 anos e comenta que conhece veranistas que passam as férias em Torres e sempre vão ao local:

–  A Biblioteca Pública é muito boa, sempre tem livros novos. No verão sempre tem veranistas fazendo leituras no espaço, que é ótimo. Conheço uma argentina que veraneia aqui e sempre vai à biblioteca – conta.

Para associar-se é necessário apresentar documento de identidade, comprovante de residência e pagar uma taxa única de R$ 5. O empréstimo é de dez dias e pode ser renovado por mais cinco.

Durante as férias de verão, o atendimento na biblioteca ocorre das 13h30min às 17h30min. Ela está localizada na av. José Bonifácio, 877, ao lado do SINE e próximo ao Ginásio da Lagoa do Violão. O telefone para informações é (51) 3626-2754.

fonte: ZEROHORA.COM

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Robert Pattinson turbina a venda do livro Water for Elephants


A Editora Algonquin Books agradeceu o ator  Robert Pattinson via twitter, por este ter “alavancado” as vendas de Water for Elephants. Pattinson estrela a adaptação do best seller  homônimo, com estréia prevista para 5 de abril de 2011.

O filme se passa na época da Grande Depressão da década de 1930 e conta a história de um triângulo amoroso envolvendo um jovem estudante de veterinária (Pattinson) que se junta a um circo viajante de segunda categoria e se apaixona pela principal estrela do circo.

Além do ator, Reese Witherspoon e Christoph Waltz também fazem parte do elenco.

destaque da Editora Átomo: (Re)descobrindo a Astronomia


Autor: Rodolpho Caniato

Editora Átomo | ISBN 978-85-7670-148-4
1ª edição - maio/2010
146 pag. | 140 x 210 mm

A Terra, insignificante na escala de tamanhos na composição do universo, além de conter a matéria de que somos feitos, nos proporciona a possibilidade de contemplar a beleza do céu e entender um pouco das grandes interrogações que ele nos sugere. Daqui, de nossa Terra, podemos, sobretudo, desfrutar o supremo e efêmero bem que é a vida.

Nos tempos em que vivemos, poucas pessoas olham para o céu. O mesmo acontece com a Lua que, ao longo dos séculos, tanto tem inspirado os poetas e enamorados. Dificilmente alguém poderia resistir indiferente à beleza sedutora do céu estrelado e das interrogações com que ele nos confronta. Se você ainda não teve oportunidade, procure ou provoque uma situação em que possa desfrutar dessa bela, barata, saudável e significativa experiência.

O autor não pretende que este livro seja um curso de Astronomia, mas, sim, um passeio panorâmico pelo mundo da história, das ideias e das ferramentas desta ciência.

Últimos dias para ver Pedro Bandeira


PublishNews - 13/01/2011 - Redação
Em cartaz no SESC Santo André, mostra conta a vida e a obra do autor da série “Os Karas”

Exposição interativa que homenageia o escritor infanto-juvenil Pedro Bandeira, em cartaz no SESC Santo André (Rua Tamarutaca, 302 – Santo André/SP. Tel.: 11 4469-1200) desde o final de setembro, está perto do fim. Até o dia 30 de janeiro, crianças e pais podem conhecer a vida e a obra do autor da série Os Karas e de tantos outros sucessos que encantaram gerações. “Pedro Bandeira está pra brincadeira” começa com a infância do escritor em Santos. Por isso, a cenografia é composta por quatro núcleos: o Calçadão de Santos, o Quintal, a Casa e o Grupo Escolar. A mostra ainda conta com uma programação integrada, que abrange contações de histórias, oficinas e workshops, além de apresentações teatrais e encontros com educadores. A entrada é gratuita.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Famosos lêem histórias para crianças

O projeto “Lê Pra Mim?” acontece no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, aos sábados e domingos as 17h e traz atores famosos que se dedicam a ler histórias para crianças. Dia 8/1 foi a vez de Edson Celulari. No dia 9/1 compareceu Maitê Proença (foto) que leu, para as crianças de 4 a 10 anos, um livro de Ziraldo. Entre os próximos convidados estão Débora Bloch, Zezé Polessa e Murilo Rosa. As primeiras-damas do Estado e do Município também participarão. O projeto segue até o dia 30/1/2011. A entrada no Forte (Pça. Cel. Eugênio Franco nº 1, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ) custa R$ 4 para adultos e as senhas infantís, para assistir à leitura gratuitamente, é distribuída com meia hora de antecedência. Mais informações, fone (21) 2287-3781.

Confira a lista dos mais vendidos da Editora Jaboticaba

1) Confidencial – Segredos da moda, estilo e bem-viver
Costanza Pascolato

Todos querem saber como Costanza Pascolato está sempre tão bem arrumada e com aparência tão boa. No livro Confidencial, segredos de moda, estilo e bem- viver, ela conta tudo. Desde dicas para montar um look até cuidados com a alma.
    
2) Vips – histórias reais de um mentiroso
Mariano Caltabiano

A nova edição do livro Vips - histórias reais de um mentiroso traz um novo e surpreendente final para a história de um dos maiores vigaristas de todos os tempos.
Ele vive sua vida como se estivesse em um grande filme. E sua vida vai mesmo virar um longa metragem, com o ator Wagner Moura no papel de Marcelo Nascimento da Rocha.

3) Veja sob censura – 1968-1976
Mariana Fernanda Lopes Almeida

Maria Fernanda Lopes Almeida, com sua força de pesquisas, faz um relato abrindo uma das gavetas da caixa preta do regime militar sob cujo jugo o Brasil viveu por vinte anos.
A autora jogou sua sonda analítica no estudo do que se passou nesse período dentro dos quatro muros de uma das maiores revistas brasileiras.

4) José Gregori - Os sonhos que alimentam a vida
José Gregori Coordenação Editorial: Orlando Maretti

José Gregori é figura fundamental dentro da, muitas vezes conturbada, história política brasileira. No livro José Gregori — Os sonhos que alimentam a vida, o ministro da Justiça do Governo Fernando Henrique Cardoso expõe, com muita coragem e lucidez, sua trajetória reconhecida como um dos maiores defensores da democracia e dos Direitos Humanos no Brasil e no exterior.

5) O coração do yoga
Desenvolva sua prática pessoal com um dos maiores yoguis dos tempos modernos
T.K.V. Desikachar

Finalmente chega ao Brasil um dos mais importantes livros de yoga do mundo, O coração do yoga, uma das mais importantes referências entre professores e praticantes dos mais variados estilos, um apanhado de estudos essenciais sobre posturas, respiração, meditação, filosofia e textos clássicos de yoga organizados por T. K. V. Desikachar, professor indiano, filho e aluno de T. Krishnamacharya, o mais renomado mestre de yoga dos tempos modernos.



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Por que o brasileiro compra livros, mas não lê" ou "A morte da filosofia".

Saiu um texto muito interessante na revista Época de 27 de dezembro de 2010, de autoria do Dr. Joel Rufino dos Santos sobre “Por que o brasileiro compra livros, mas não lê”. Segundo o autor, o leitor médio brasileiro só alcança o nível dos autores de entretenimento puro, auto-ajuda ou curiosidades e não consegue ler autores que propõem problemas ao leitor, como por exemplo, Saramago e Guimarães Rosa que nos fazem estranhar a realidade.

Joel Rufino cita dois motivos para isso:

1)      O nível da educação brasileira é muito baixo. “O estudante brasileiro não consegue ler nada – quando o professor escreve na lousa x+y, ele só vê x+y. Não alcança compreender que a notação algébrica, como a própria matemática, é a língua para fazer brilhar a natureza do mundo.”  
2)      A filosofia (arte de interpelar) morreu. Filosofia no sentido de questionamento sistemático do mundo e do eu. Em outras palavras, a maioria dos seres humanos prefere encontrar fórmulas prontas de como o mundo e eles próprios devem ser, do que chegar a suas próprias conclusões. “ Pensemos na medicina. Seus diagnósticos e terapias, são hoje, infinitamente melhores – mas cada vez menos médicos se perguntam sobre a medicina. É como se x+y não passasse de um jogo para distrair e aguçar o raciocínio. Ou a literatura para distrair os problemas da vida”.


O escritor conclui que de alguns anos para cá nós ficamos “fáceis”. E você, concorda com ele? Dê sua opinião nos comentários.

Conheça a Campanha Doe um Livro



Nascida de maneira informal, apenas a título de conscientização, como uma mobilização, foi lançada no Twitter à idéia de incentivar os internautas a doarem livros neste Natal.

A proposta teve uma receptividade tão avassaladora que evoluiu para um projeto consistente e objetivo, com vias a coordenar e organizar as adesões e coletas de livros em todo o país. Muitos postos de coleta foram disponibilizados e os livros começaram a surgir de forma surpreendente e em grande quantidade.

A campanha se tornou um dos assuntos mais comentados no ambiente do Twitter e, desde então, tem sido incentivada por vários artistas ou pessoas que trabalhem na mídia como: Maria Rita, Serginho Groisman, Paulo Coelho, Willian Bonner, dentre outros.

Objetivos: O objetivo central e realizar a coleta do maior número possível de livros de literatura (livros didáticos estão fora da campanha) para distribuir entre comunidades carentes, bibliotecas públicas e bibliotecas de escolas Fale com a gente doeumlivrononatal@gmail.com

Fernando Pessoa e a filosofia Hermética



A filosofia hermética assume-se como uma das facetas mais importantes do pensamento de Fernando Pessoa. Se é verdade que é na obra poética que se dá a grande realização de Fernando Pessoa, não é menos verdade que a contínua reflexão filosófica e religiosa, é uma faceta igualmente importante que convém revelar.

Em certos poemas de Alexander Search, o heterónimo juvenil, revela-se já o interesse pelo ocultismo.

O ocultismo é precisamente uma das chaves da pluralidade de que ele se reclama.
"Todos os que pensam ocultistamente criam em absoluto todo um sistema do Universo, que fica sendo real. Ainda que se contradigam: há vários sistemas do universo, todos eles reais". (Textos Filosóficos I).

Um dos seus projectos de conto, arquivado no espólio, tem precisamente por título O Filósofo Hermético. Aqui define o oculto "como o interno, a outra face das coisas", e diz ainda que o oculto "significa o que não é presente, o que não é actual... o que já passou, o que virá a ser e também o que é, mas nós não o conhecemos".

A criação literária é para Fernando Pessoa, uma das faces do mistério iniciático. Mistério que se encontra subjacente na Mensagem, na heteronímia, no diálogo entre os vários poetas.

A iniciação única e sempre a mesma, que se encontra no pensamento filosófico, como na actividade literária é a do desdobramento que na criação se verifica desde o primeiro ser. Desdobramento, multiplicação, que depois de assumidos e esgotados permitem a unidade pela transcendência.

Em Essay of Initiation ele identifica transcendência com a fusão de toda a poesia lírica, épica e dramática: "O meu destino pertence a outra lei...", escreve numa carta a Ofélia.
A perfeição, para os gnósticos supõe a androginia, o regresso ao estado de pureza original do Eden.

A energia sexual deve ser canalizada para outros tipos de actividades. No poema Eros e Psique (1934) apontará uma via e uma revelação (com uma epígrafe tirada do Ritual do Grande Mestre do Átrio da Ordem Templária de Portugal).

Este gnosticismo, explica talvez parte da dificilmente explicável filosofia de Pessoa, que é hermética, mas numa multiplicidade de sentidos, apenas comparáveis aos múltiplos da heteronímia.

Explica também a recusa do casamento e a ausência da mulher na sua obra. "Sentir tudo de todas as maneiras" é um elo bem explícito, entre a filosofia hermética e a prática dos heterónimos, a maneira que tem de se entregar à multiplicidade até chegar à unidade, ao não-diferenciado.

A visão do mundo do poeta é altamente sincrética. A busca, como a iniciação, diz respeito a três ordens de coisas - 1- A verdadeira natureza da alma humana, da vida e da morte; 2- A verdadeira maneira de entrar em contacto com as forças secretas da natureza e manipulá-las; 3- A verdadeira natureza de Deus ou dos Deuses e da criação do mundo (Esp. 54-97).

Fernando Pessoa revela-se venerador de um Deus-Mundo, de um Deus-Homem e um Deus-Deus-Reflexo do Espírito Santo, do Filho e de Si Mesmo "manifestação de si mesmo a si mesmo, hermafrodita espírito-matéria", segundo diz num apontamento sobre a Kabala (Esp. 54 A-20).

Assim, o simultaneismo da heteronimia é, um verdadeiro exercício espiritual não confessado: "Organiza a tua vida como uma obra literária, pondo nela toda a unidade que fôr possível" (Esp. 28-43).

A Ordem do Subsolo organiza-se à volta de um projecto, a criação de uma ordem interior "Ordem da Emoção", com os seus graus próprios. Os textos apresentados não passam de fragmentos ou projectos semi-alinhavados de ensaios que o poeta não chegou a acabar.
Faz a distinção entre "Ordem Interna" e "Ordem Externa", estabelecendo esquemas e correspondências entre duas ordens.
Faz também alusão a uma ordem de ciência ou de sabedoria que é a da emoção: "Há três ordens de scª: a da vontade, a da inteligência, a da emoção. A intuição é a inteligência da emoção. Mas a emoção pura - eis a ciência".

Mais adiante escreve: "O mistério (que é tudo) não é comprehensível se não há emoção. A inteligência não pode compreender o mistério".

O Subsolo parece ser o esboço de uma estrutura simbólica servindo de suporte às ordens iniciáticas conhecidas, uma espécie de "assinatura", de "fundamento" de todas as que o poeta procurasse organizar. Ordem simbólica, para o seu entendimento contribui o texto em que se indica a gradação dos vários sentidos dos símbolo, literal, alegórico, moral, espiritual e divino. Para concluir que "numa cadeia racional, tudo é um" (Esp. 54-91).
Encontramo-nos em plena filosofia hermética 1 .

São vários os documentos em que Fernando Pessoa se ocupa da Ordem do Templo, de que se disse filiado, afirmando que ela se encontra em "dormência" desde 1888 (data do seu nascimento). Herdeira da Ordem do Templo, surge em Portugal a Ordem de Cristo, cujo ideário é o mesmo.

No "documento 54 A-29 do Espólio, Fernando Pessoa refere-se ao celebrado Pymandro de Hermes: O que está em baixo é como o que está em cima. Por esta citação se estabelece o elo (que ele deseja ser relacional, mas que não precisa de o ser, quando se trata do oculto) do Subsolo ao Átrio. 2

Pessoa diz que a organização das chamadas Baixas Ordens copia "guardadas as diferenças obrigatórias" a organização das Altas Ordens.

As Ordens do Átrio iniciam por meio de símbolos as Ordens do Claustro, superiores às primeiras, por meio de chaves herméticas, e as Ordens do Templo "iniciam plenariamente - isto é, dizendo e explicando os mystérios" (Esp. 54 A-95).

Ao adepto são pedidas várias vitórias: a vitória sobre o Mundo, a vitória sobre a Carne, a vitória sobre o Diabo (Esp. 53-59/60). Mas no fim do caminho, descobre que "terá o que sempre teve", isto é, que nada lhe é dado exteriormente que ele já não possua primeiro interiormente.

Este é o sentido místico de toda a iniciação. Dá-se "no Ego Íntimo" (Esp. 53-78), em quem morrer o mundo, a carne, o diabo (a tentação de ambos) e que ressurge para uma vida nova, esclarecida, iluminada.

Para Pessoa "a vida é uma symbolologia confusa" (Esp. 53 B-79) e nada deve ser tomado como definitivamente conhecido. Existe sempre o perigo do erro e da ilusão.
Desenvolve ainda a ideia de que a iniciação tem a ver com alma, sendo "uma espécie de nova região por onde a alma se transforma" (Esp. 53 B-83).

Os graus de inciação apresentam estados de conhecimento que são simultaneamente estados de vida. Quando se consegue esta união de verdade, o inferior liga-se ao superior, ou seja, o inferior revela-se o superior, pois tudo é um.

A maçonaria é para Fernando Pessoa, "uma vida", mais do que uma sociedade ou uma Ordem. O objectivo final que se pretende atingir é, na sua opinião, a sabedoria e não um Grau. Entendido pela intuição (que é a inteligência da emoção, como ele diz), o significado dos símbolos ritualmente recebidos, o adepto transforma-se em filósofo.

Ao filósofo ele aconselha como regra o silêncio, o estudo e o trabalho. E que organize a sua vida "como uma obra literária pondo nela a maior unidade possível" (Esp. 28-43).

Diz contudo que "o significado real da iniciação é, para este mundo em que vivemos um símbolo e uma sombra, que esta vida que conhecemos pelos sentido é uma morte e um sono, ou, por outras palavras, que o que vemos é uma ilusão" (Esp. 54 A-55). A iniciação é o dispersar dessa ilusão.

Confia-se sobretudo no estudo e na intuição. A intuição é reveladora de conteúdos profundos e espirituais. Permite "a união com deus" de que se fala (Esp. 54 A-63).
Aquele que procura iniciar-se torna-se adepto da Ordem Interior, despido de preconceitos dogmáticos. Dos três caminhos à escolha poderá seguir o místico, o mágico e gnóstico (no entanto, a verdadeira iniciação inclui os três).

Os graus também são três: Neófito, Adepto, Mestre, ou melhor, são dez: quatro em Neófito, três em Adepto e três em Mestre. O Neófito é essencialmente um estudioso. No Adepto há o progresso da unificação do conhecimento com a vida. No Mestre há a destruição desta unidade por via de uma unidade mais alta. (Esp. 54 B-17)

Diz ainda Pessoa que escrever poesia é o objectivo da iniciação. O grau de Neófito será a aquisição dos elementos culturais com que o poeta terá de lidar ao escrever poesia; o grau de Adepto será o de escrever simples poesia lírica; o grau e Mestre será o de escrever poesia épica, poesia dramática; e a fusão de toda a poesia, lírica, épica e dramática, em algo de superior que as transcenda (Esp. 54 B-18).

Fernando Pessoa encontra na poesia hermética uma via para o instruir sobre a natureza do homem (e da arte, como sua mais elevada dimensão), a natureza do Universo e Deus.
Alcança deste modo uma forma de sabedoria, em que, segundo as palavras do livro do Desassossego, resta a literatura, que é a única verdade, com o pensamento, que é afinal a única maneira de conhecer e sentir, em que a escrita (a sua obra literária) é a grande revelação.

Volta das Férias



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