Gustavo Bonfiglioli - O Estado de S. Paulo
Paraty é famosa por sua festa literária e sua importância histórica e turística. Entre 15 e 20 mil pessoas anualmente visitam o Centro Histórico, com ruas de pedras assimétricas dos tempos coloniais para visitar a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Na periferia da cidade, de paralelepípedos comuns, a Flip chega através de uma ação educativa para fomento e exercício da leitura nas escolas da educação básica - que virou política pública em 2009.
A biblioteca da Escola Municipal do bairro Parque da Mangueira, subúrbio de Paraty, tinha capacidade para 20 crianças em 2008. “Tivemos que ampliar esse número para 30 e, depois, para 40. Às vezes, são 80 crianças na biblioteca, na hora do recreio. Elas preferem vir pra cá do que brincar”, conta Flora França Pinto, diretora do colégio, que atende crianças do Ensino Fundamental I, do 1º ao 5º ano. Já o colégio de ensino infantil Pingo de Gente, no mesmo bairro, recém-inaugurou seu espaço de leitura. “As crianças aqui mal lêem, mas é importante que já tenham contato diário com os livros. A gente conta as histórias, elas veem as figuras e estabelecem alguma relação”, diz uma das diretoras, Simone de Castro Rosa. A aluna Ana Flor, de 4 anos, diz que gosta da escola porque não tem livro em sua casa, também no Parque da Mangueira.
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